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05.NOV.2025

O que a Black Friday 2025 revela sobre o futuro do consumo

Empresas mais ágeis adotaram a IA não só para gerar conteúdo, mas para criar variações de campanha, adaptar criativos em tempo real e até testar headlines por performance. A personalização escalável se tornou possível com ferramentas que cruzam comportamento de compra com padrões de consumo. Marcas como a Magazine Luiza e a Amaro têm investido em IA para gerar conteúdos personalizados em larga escala, adaptando narrativas com base nos dados comportamentais do usuário.

O boom dos influenciadores segmentados mostrou força em 2025. Em vez de investir tudo em um grande nome, marcas estão espalhando sua mensagem em comunidades menores, mas muito mais engajadas. A Granado, por exemplo, tem apostado em creators da área da saúde e skincare com menos de 50 mil seguidores, mas que têm altíssima autoridade em suas comunidades. Os resultados têm sido superiores a influenciadores com grandes audiências, mas baixa conexão com o tema.

Outra tendência que se firmou nesta edição é o foco em modelos de assinatura ou ofertas de continuidade. Produtos e serviços com ciclos longos estão aproveitando a Black Friday para adquirir não só novos clientes, mas clientes com LTV (lifetime value) mais alto. A Raia Drogasil, por exemplo, aproveitou a data para impulsionar seu programa de assinatura de medicamentos contínuos com descontos exclusivos para quem aderisse no mês de novembro.

Empresas mais maduras não estão olhando só para o faturamento de novembro, mas para os sinais que essa data entrega: quais produtos geraram mais interesse orgânico, quais formatos performaram melhor, que mensagens engajaram mais. A Black Friday virou uma espécie de ensaio geral de fim de ano, e um mapa estratégico para 2026. A Natura, por exemplo, divulgou que utiliza os dados de navegação e compras da Black Friday para ajustar os lançamentos e campanhas do primeiro trimestre do ano seguinte.

 

Tratar a Black Friday como uma liquidação isolada é subestimar seu potencial. Em 2025, ela se consolida como um dos momentos mais ricos para capturar insights, testar inovação e fortalecer posicionamento. Marcas que enxergam isso saem da euforia do desconto e entram em um ciclo de crescimento mais inteligente.

No fim das contas, quem usa novembro apenas para vender mais, termina o mês com caixa. Quem usa para aprender mais, começa 2026 com vantagem.

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